
Apresentação
A Igreja Batista Vale das Bênçãos em São Sebastião do Oeste - IBVBSSO - fica no interior de MG, possui aproximadamente 100 membros e quase 50 PGs.
Pr. Wladimir contou sua estratégia pra reverter o atrazo na entrega do relatório mensal de células, pois muitos líderes moram em áreas que não tem internet.
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Wladimir, se apresenta para gente e fala um pouco sobre a IBVB.
Sou pastor no interior de MG, na cidade de São Sebastião do Oeste, uma cidade de 8 mil habitantes onde nós temos edificado uma igreja. Temos feito isso através do modelo celular, com a visão de crescimento e multiplicação.
A igreja cresceu além dos limites do município, sendo necessário abrirmos células em Divinópolis e outras cidades vizinhas.
Em São Sebastiãoo do Oeste nós estamos com 43 células, são 411 pessoas participando dos pequenos grupos, ou seja, 5% da população. Temos também 8 grupos nas outras cidades.
É uma igreja batista e nós temos aliança com a Igreja Batista Vale das Bênçãos de Formiga, do Pastor Alvim Silva, que é o nosso Pastor.
Acredito que a maior parte das pessoas estão na parte urbana da cidade, é isso mesmo?
Sim, mas a cidade tem um perímetro urbano pequeno, a região urbana tem em torno de 19 km. Então a boa parte das pessoas estão na zona rual.
Vocês tem algum trabalho específico para trazer aos cultos quem está frequentando as células da zona rural?
Nós temos alguns desafios em relação a isso. Há muitas pessoas que têm uma situação econômica mais frágil não tem transporte próprio.
Aí o que acontece? A igreja tem transporte, ou seja, temos alguns veículos próprios que fazem o transporte desses que não tem os seus veículos.
Nas cidades existem dificuldades de locomoção interna, por quê, também não há transporte público. Então nós fretamos um ônibus para ajudar estas pessoas a se reunirem para os cultos de celebração.
Acredito que a questão de conectividade, acesso à internet mesmo, talvez seja um pouco mais difícil, mais limitado. Certo?
Sem dúvida alguma! Nós não temos a estrutura dos grandes centros, há muitas áreas não chega sinal de internet.
Sabemos que para uma igreja em célula a comunicação é essencial, é fundamental uma boa supervisão de células.
Com o problema da falta de conectividade, como que vocês trabalham em cima disso?
A dificuldade de conectividade é evidente, existe até obstáculo de se falar no telefone, não é só acesso à internet. Tem lugares que as vezes a pessoa precisa andar talvez 1km, 2km, para conseguir falar ao celular.
Isso impactava a entrega dos relatórios de células, mesmo já trabalhando com o célula.in há alguns anos a gente sempre esteve diante da demora na entrega de relatórios de supervisão.
Como que você faz para ter os lançamentos de frequência das células?
No princípio fazíamos algo de maneira paralela. As pessoas preenchiam um formulário de papel e levava para a nossa secretaria de células, em seguida era lançado no célula.in. Só que desta forma atrasava o nosso processo. Funcionou durante um bom tempo, mas ele era ineficaz.
Depois das muitas conversas que a tive com o Alex ele nos deu uma sugestão que de fato resolveu esse problema.
Apesar de entender que a igreja em células a ênfase no relacionamento é muito forte, da forma que fazíamos essa transmissão de informação, ela era por meio de um formulário de papel, ou seja, não existia um relacionamento.
Então tivemos a ideia que nos ajudou muito. O líder de célula teria um contato mais pessoal com seu supervisor para passar essa informação, ou seja, transformar essa dificuldade de contato virtual em relações intencionais. Para gerar oportunidades de até mesmo uma supervisão ainda mais pessoal.
Bom, a partir dessa ideia crimos um sistema nosso, uma rotina que consiste em prazos estipulados para o preenchimento on-line do relatório de células no aplicativo célula.in. Para os remanescentes o líder deveria entrar em contato com o supervisor.
Acaba por aí? Não. Pois, vencidos estes prazos, o que estiver faltando, que é normal de acontecer, o supervisor faz contato com o líder para entender o porque que ele não conseguiu cumprir e ajudá-lo a superar tais dificuldades.
Então um grande problema acabou sendo convertido em ações para melhorar a supervisão e o relacionamento entre o líder e o supervisor?
Sim, e isso nos ajudou muito, por quê, trouxe as pessoas para dentro do sistema de uma forma mais efetiva e nos deu segurança de uma informação real.
Percebemos que as pessoas não preenchem o relatório de presença, muitas vezes, não é somente porque não querem, elas não entendem a importância daquilo.
É lógico que é um desafio contínuo, mas conseguimos um índice de assertividade grande.
E como que isso mudou na tomada de decisões que você precisa tomar no dia-a-dia?
Acredito que a igreja dos nossos dias nunca foi tão dinâmica. O tempo que nós estamos vivendo exige decisões rápidas e soluções imediatas.
Às vezes alguém começa a passar por um problema e o que acontece? Ela deixa de ir no culto, ela deixa de ir na reunião do pequeno grupo e agora, nós temos esta informação quase em tempo real.
Nós estamos trabalhando ainda, não temos algo efetivo, mas fazemos uma comparação entre culto e células, e com a velocidade dessa informação fica mais simples identificar alguns comportamentos, dos nossos membros, que nos chamam atenção.
Se a pessoa começou a faltar com frequência de uma reunião, se eu estivesse com a rotina anterior eu só iria saber quando lançasse o relatório do mês inteiro.
Como o aplicativo célula.in nós podemos cuidar melhor das pessoas.
Como você faz para transmitir aos supervisores a importância do relatórios de supervisão?
Nós percebemos que existiam supervisores que não viam tanta importância assim na informação. Eles faziam por obediência, mas eles não conseguiam enxergar o quanto aquela informação, sendo correta e pontual, nos ajudaria.
Trabalhamos isso nas nossas reuniões de supervisão. Rotineiramente, nós avaliamos as informações, ou seja, a partir dos indicadores que nós temos disponíveis no célula.in a começamos a mostrar dados que são importantes pra eles.
Mostro para eles que quanto mais a informação estiver correta no relatório mensal de células eu consigo um desenho melhor de como está a igreja.
Por exemplo, hoje nós sabemos que 48% das pessoas que frequentam as nossas células tem idade abaixo de 16 anos.
As nossas células de criança são um grande volume desse público. Eu acredito ser muito importante sabermos com qual público que nós estamos lidando.
“Ah, são quatrocentos e tantas pessoas”, entretanto mais 200 ou bem próximo disso são crianças, e aí, nós como pastores, precisamos tomar muitas decisões.
Até mesmo decisões em relação ao orçamento. Este é um público que consome muito, mas do ponto de vista administrativo e financeiro eles produzem pouco.
Então, a partir dessa informação correta conseguimos fazer uma gestão administrativa mais efetiva. Inclusive de recursos financeiros.
Eu acredito que, como um todo, a informação é importante. E se soubermos transmitir a informação precisa e ler essa informação de maneira correta os nossos resultados técnicos melhoram.
Você percebeu alguma melhoria na qualidade da supervisão de células com esta nova forma de lidar com relatórios de presenças?
Sim, mudou! Nós descobrimos muitas coisas boas e também pontos de melhoria. Identificamos que algumas supervisões estavam funcionando bem e outras tantas não. Então fizemos os ajustes necessários para que cada um seja um supervisor de célula eficaz.
A partir desse desafio eu considero que eu, como pastor, melhorei, considero também que os meus supervisores melhoraram e até mesmo os meus líderes melhoraram, porque o relacionamento impulsionou isso.